MANOEL VALÉRIO - FOTO E INFORMAÇÕES MARCO AURÉLIO
Nasceu em Lajes-RN, em 18 de março de
1913.
Filho de Valério Damasceno Bezerra e
Clara Pinto Damasceno.
Casou-se com Maria das Dores Valério,
com quem teve onze filhos(as). Depois da morte da esposa, teve outros
relacionamentos dentro dos quais teve outros filhos(as).
Homem de temperamento forte, austero
e disciplinador. Ainda assim, expressava seu bom humor em histórias e causos em
que era protagonista, ou sobre seus muitos amigos na vida de pescador ou de
caçador. Também gostava muito de desafiar os que o ouviam conversar a
responderem bela “charadas”.
No entanto, diante da labuta diária
do ofício, desempenhou, com espantoso senso de responsabilidade e disciplina, a
função de Chefe de Agência da estação ferroviária da cidade de Pedro Avelino de
1938 (quando esta ainda era o distrito Epitácio Pessoa) a 1965. Sua
inconfundível figura sempre inspirou respeito aos que lhe viam do alto de seus
1,80m, com fardamento da RFFSA, quepe na cabeça e um inseparável Parabellum alemão
no quadril.
Apesar da aparente predisposição
apenas para as obrigações que se referem ao trabalho árduo, físico e duro de
todo bom sertanejo, sempre estimulou e garantiu os estudos dos filhos(as).
Dizia só acreditar num homem que sabe usar a inteligência para se fazer
respeitado.
Entre as muitas habilidades deste
homem de origem rural, mas de inteligência perspicaz, estava a de tecer materiais
de pesca (redes e tarrafas). Além disso, tinha uma raríssima habilidade de tiro
(tanto de armas curtas quanto de armas longas). Daí sua grande paixão por duas
atividades: a pesca (em água doce dos açudes e lagoas ou no mar) e a caça
(tanto a noturna, com seus excelentes cães, como a diurna com suas espingardas
cartucheiras). Passava dias seguidos no mato numa “caçada de rancho”.
Os amigos e conterrâneos da geração
dele e de outras como a de hoje sempre lembram, com admiração, a figura de
“Valério”.
Faleceu, vítima de complicações
cardíacas que já o afetavam nos últimos anos de vida, em Natal, em 25 de
dezembro de 1995.
FONTE – REVIVENDO PEDRO AVELINO